Brasil tem quase 45 mil enfermeiros infectados pela Covid-19
No último domingo (13), a enfermeira intensivista Mônica Aparecida Calazans se emocionou ao receber o troféu Heroína do Ano, no Prêmio Notáveis, organizado pela CNN Brasil.
"Eu não sei nem se essa palavra, heroína, cabe a mim. Falo por mim, por todos os profissionais de saúde que ainda estão na linha de frente e aqueles que não estão mais com a gente, que tentaram fazer um trabalho perfeito e foram arrebatados pela doença", disse ela.
A homenagem concedida à enfermeira vem no momento que a classe volta à atenção, mais uma vez, para os riscos que a profissão oferece em tempos de pandemia. De acordo com o observatório do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), do início da pandemia até o dia 16 de dezembro, quase 45 mil profissionais da área já foram infectados pelo novo coronavírus.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, até o dia 7 de dezembro foram notificados 414.147 casos confirmados de Covid-19 entre os profissionais de saúde da linha de frente, incluindo médicos, enfermeiros e auxiliares. O maior número de casos está entre os técnicos/auxiliares de enfermagem (139.434; 33,7%), seguido dos enfermeiros (62.345; 15,1%), médicos (45.230; 10,9%), agentes comunitários de saúde (21.426; 5,2%) e recepcionistas de unidades de saúde (16.788; 4,1%).
Perguntada sobre a luta dos profissionais de enfermagem na linha de frente contra o novo coronavírus, Mônica Calazans, que já perdeu quatro amigos para a doença, disse: “Você segura a onda e tem que trabalhar. Você tem que segurar o seu psicológico. Na realidade, você não pode se abalar com tudo o que está acontecendo. Você tem que ser muito forte”.
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